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Mara Freire é fotógrafa, publicitária e Pós Graduada em Fotografia. Professora de Fotografia e atua também como curadora e consultora na área.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Da Observação da Cena

Quando fotografamos livremente, soltos no espaço, podendo escolher entre múltiplas posições, enfoques e enquadramentos, e então temos fotos que são autorais, com uma assinatura nossa.
As fotografias de palco tendem mais a se parecer umas com as outras, então cuidamos especialmente a respeito das expressões, que são fartas e ricas, da luz adequada, do enquadramento, dos recortes e de algum efeito especial, como baixas velocidades ou profundidade de campo - a questão do foco.
Aqui, coloco duas cenas escolhidas por Jacira Padilha e Juvita Santos.
Uma também é de visão fotojornalística, mostrando o que via em cena, e a primeira escolhe um recorte, aproveitando a expressão dos atores. Ambas belas, pois a estética tem que ser um dos principais fatores da arte. Agradar aos olhos, despertar o sentido.

Obrigada, garotas!

sábado, 25 de setembro de 2010

As Visões Diante do Mundo

Ou: Visão Onírica de Pimentões
Quando falo da cena dos papéis ao vento, de uma foto que não seria possível, isto demonstra uma visão onírica, ainda que momentânea, de uma cena. Poderiam acontecer fotografias ali que descrevessem tal poética, mas eu não conseguiria... Mal consegui descrever literariamente a beleza que via. Isto porque há muitas maneiras de descrever o mundo, conforme a nossa inspiração momentânea ou mesmo nossa linha de trabalho.
Uns preferem fotografar premeditadamente, outros, engenhosamente, outros, tão poeticamente que nunca entendemos nada (às vezes me arvoro em umas poéticas que meus amigos e amigas perguntam: tá, marinha, mas o que foi mesmo que você quis dizer...?).
Às vezes fotografo de uma forma que considero advinda das minhas heranças na comunicação publicitária: explicitando a venda da minha idéia, da imagem como produto vendável.
No post anterior, temos uma visão jornalística ou o que minha percepção diz que seja. Algo acontecia e a autora, que nem precisava ser jornalista - mas é, mostrou tal e qual, com abrangência de cena, não com mais ou menos beleza que outros discursos, mas com sua uma maneira ou modo de ver aquilo, naquele momento. Que, momentâneo ou não, é a forma como está inscrito.
Não tenho certeza, mas parece que nossa forma de contar o mundo vai se construindo a partir das nossas relações com a imagem, com o conhecimento dos fatos, do assunto...
E, quando escolhemos uma foto para postar, para destacar, para enviar para os amigos que seja, estamos dizendo: veja isto que quero contar. E quero contar desta forma...
Hein???


domingo, 19 de setembro de 2010

Floripa Teatro

Quase chegando ao local onde fotografaríamos pensava em Bruegel, O Velho: é que papéis dançavam ao vento e são apenas coisas que não podemos fixar na fotografia, é preciso o cinema para dar conta, melhor, mesmo, os olhos.
Havia um quadro de Bruegel, eram muitas crianças brincando. Pareciam aqueles papéis largados ao vento, num vaivém dinâmico e incansável, sem dar conta de ter que voltar, sem ter que responder pela vida que segue.
Segui e vi uma peça tão engraçada, mas tão engraçada, que pus-me papel ao vento...
A foto que ilustra é de Luciene Kumm. Visão de jornalista...
Beijos e boa semana...

sábado, 18 de setembro de 2010

Manhã de sábado é assim...

Se escrevo por linhas tortas ou luzes baças, é porque assim é que gosto de ser...
Fotomotriz, letramotriz...
Hoje o Grupo saiu para fotografar teatro. Na cidade de Florianópolis, cuja seca se anuncia longa novamente, está acontecendo o Festival de Teatro Isnard Azevedo. Peças por toda a cidade, em todos os locais, com preços populares ou gratuitos. Assistimos "O Cabra que Matou as Cabras", da Companhia de Teatro Nu Escuro, de Goiânia. O Respeitável Público ficou feliz e vibrou com as farsas dos diversos parlapatões, e nós mais ainda, que rimos a valer e colhemos nossas imagens...
Publico a foto do Walfredo, talentoso fotógrafo de natureza e documentarista. Barista também.
Beijos...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Processo Cruzado

Uma Fotografia da Noa Noa, feita em processo cruzado, que significa revelar seu filme cromo através do processo C41, que é aplicado a negativos. Provavelmente, foi inventado por quem tinha filme diapositivo e não tinha acesso à revelação em C6. No meu caso, a atração pela saturação e a sempre dúvida acerca do resultado, moveram-me a mais uma aventura Fotomotriz...
Aliás, em minha primeira visita a Noa Noa, escrevi um hai Kai:
'É no Amor Gráfico
Que ela descobre:
Ele não é o seu Tipo.'
(ninguém ri, ninguém ri.)
Beijos.

domingo, 5 de setembro de 2010

Às Novas Experiências


Tenho recebido algumas manifestações de brasileiros e brasileiras que gostariam de estar fotografando com o nosso grupo, imaginando, compondo, descrevendo, movidos pela luz. Mas não é possível, e imagino mesmo que se saia pelo Brasil inteiro com grupos de trocas, que falem sobre a fotografia, suas limitações, dificuldades, prazeres - muitos, enfim, os encontros e desencontros causados pela fotografia.
No sábado fomos visitar Cléber Teixeira, sereno, tranqüilo (também adoro trema) e sábio. Contou-nos algo da sua gráfica, a Noa Noa, única no Brasil a funcionar ainda de forma manual. Após o gentil café trazido pela Beth, vimos a gráfica, fotografamos, fizemos retratos e contamos histórias com a luz, que estava abundante. Fizemos e trocamos experiências, entre nós e com Cléber.
Minhas fotos, fiz com a querida F90, com filme cromo em processo cruzado. No geral, a  escolha foi pela fotografia digital, que dá um resultado rápido e versátil. Um resultado geral será conhecido apenas no final do ano, com a exposição e lançamento do livro...
Na fotografia de Walfredo Kumm, um aspecto de hora de descontração, onde aproveitávamos da sabedoria de Cléber... Que bom que no mundo tem tanto para aprender...
Beijos.